Durante a Segunda Guerra Mundial, a Polônia tornou-se palco de atrocidades indescritíveis sob a ocupação nazista. À frente da chamada “Governadoria Geral” estava Hans Frank, advogado pessoal de Hitler e uma das figuras centrais na implementação do terror na região. Conhecido como o “Açougueiro da Polônia”, Frank foi responsável direto pela repressão, deportações e extermínio de milhões. Sua trajetória culminou em Nuremberg, onde foi um dos réus mais proeminentes do Tribunal Militar Internacional.

Quem foi Hans Frank?
Hans Frank nasceu na Alemanha em 1900 e construiu sua carreira como advogado dentro do Partido Nazista. Foi consultor jurídico de Adolf Hitler e, após a invasão da Polônia em 1939, nomeado Governador-Geral do território ocupado.
A partir daí, liderou um dos regimes de ocupação mais brutais da guerra, sendo corresponsável por políticas que resultaram na morte de milhões de judeus, poloneses e dissidentes.
A Governadoria Geral: Repressão e Extermínio
Com sede em Cracóvia, a Governadoria sob Hans Frank foi marcada por:
- Ghetização da população judaica, confinada em áreas como o Gueto de Varsóvia.
- Deportações sistemáticas para campos de extermínio como Auschwitz e Treblinka.
- Execuções em massa de civis e intelectuais poloneses.
- Apropriação de recursos, destruição cultural e política de terror.
Apesar de afirmar desconhecimento da “Solução Final”, documentos e registros mostram sua colaboração direta com Himmler e outros líderes nazistas.
O Julgamento em Nuremberg
Após a rendição da Alemanha, Hans Frank foi capturado pelas forças aliadas. No Tribunal de Nuremberg, foi acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Durante o julgamento:
- Admitiu parte da responsabilidade e afirmou estar arrependido.
- Foi confrontado com documentos assinados por ele que detalhavam as ações de repressão na Polônia.
- Em 1946, foi condenado à morte por enforcamento.
Conclusão e Legado Histórico
Hans Frank representa o perfil do nazista burocrático, que operava a máquina de morte com verniz legal. Seu julgamento demonstrou que o argumento da obediência a ordens superiores não isenta de culpa. Seu caso se tornou um símbolo do colapso moral e jurídico do regime nazista.
Lembrar sua história é essencial para reafirmar que justiça e memória caminham juntas.
Assista ao vídeo completo
Para entender os detalhes dessa trajetória e sua importância histórica, veja o vídeo abaixo:
